quarta-feira, 31 de outubro de 2007

e pra começar... terminar.

Andie


Segure-me pelos ombros. Diga mentiras e me teste. Então deixe-me afastar, para depois me puxar pela mão e sorrir, dizendo que foi tudo brincadeira. Foi então que no piscar de olhos tudo mudou.


O que aconteceu enquanto dormíamos abraçados? De uma hora pra outra você não mais existia e não passava de um fruto de lembranças agora. Seguro-te pelos ombro e choro. Me agarro a sua blusa e a mancho com minhas lágrimas que imploram num som mudo para que seus olhos voltem a olhar e brilhar. Olho pra cima, 23cm acima, e imploro que digas que nada do que aocnteceu naquele momento foi real, que foi brincadeira, como um 1º de abril. Imploro, para que não deixes de tudo como um sonho incabado que existiu por segundos. Choro, e então minhas mãos que agarravam sua blusa como se jamais quisessem largar, agora estavam vazias. Vejo sua silhueta ao longe, e quanto mais corro para alcançar é como se jamais chegasse até você. Soco paredes, e peço para acordar e descobrir que não passou de um pesadelo. Corro e te seguro pelo pulso, e o puxo para mim e imploro que volte a tudo como sonhei por cinco dias.


E então solto, vendo que já não era você naquele rosto, já não era ninguém. Deito-me e então me encolho, como se implorasse por afeto. Seu abraço me envolve e então choro e durmo, em meio de lágrimas que me mostram que tudo fora real, não surreal como quis que fosse. E agora, não passas de lembranças em mim, que farei questão de ter para sempre, como um anjo de candura que te conhecera por breves momentos e te teve, sem te ter.